por David Bierton
Dishonored: Definitive Edition promete uma grande melhoria sobre as versões para Xbox 360 e PlayStation 3, com visuais atualizados e todos os conteúdos adicionais. Existem melhorias no frames, mas notamos apenas 30fps com uma performance mais estável.
Completando 3 anos, este jogo que usa o UE3 não envelheceu muito bem a 1080p, mas o gameplay cativa. O PlayStation 4 e o Xbox One se apresentam a 1080p, aumentando muito a claridade e nitidez sobre o 720p na geração anterior. A apresentação full HD roda com anti-aliasing básica - parecendo ser FXAA padrão.
Curiosamente, parece haver uma ligeira diferença na cobertura, produzindo uma imagem ligeiramente mais nítida no One, o cenário distante não tem o leve efeito suavizante que surge ocasionalmente no PS4. O brilho em torno dos detalhes delicados é mais comum em estruturas mais perto e nas distantes, o PS4 tem o mesmo nível de suavidade que as outras versões. No PC temos uma apresentação mais refinada, o PS4 segue atrás. No PC escolhemos FXAA, isso dá uma imagem mais suave que MLAA, perdendo um leve blur na claridade das texturas.
A Definitive Edition sugere que as versões para PS4 e One recebem melhorias sobre as originais, mas na prática o trabalho executado é mínimo e o aspecto principal vai ao encontro do PC no máximo, com alguns ajustes em várias áreas. Efeitos por alpha e elementos pós-processamento como campo de profundidade e motion blur parecem iguais nas três versões.
As diferenças na qualidade de texturas são escassas, mas surpreendentemente surgem ao percorrermos vários locais em Dunwall. Algumas superfícies no PC apresentam uma camada adicional de mapeamento de texturas não presente nos consoles, melhorando um pouco estes detalhes em alguns locais. A diferença é difícil de perceber, mas dá mais refinamento a certas cenas. No resto, o filtro de texturas sofre no PS4 com uma implementação trilinear que afeta a sua qualidade em cenário distante e superfícies vistas fora do eixo. No PC e no One temos um filtro anisotrópico que preserva melhor a qualidade da arte.
Parece que temos uma conversão direta do PC, mas pesquisar mais mostra que foi feito algum trabalho para melhorar a apresentação. Explorar os esgotos em Dunwall mostra um mapeamento de oclusão em paralaxe nas paredes e chão, reforçando o aspecto dos tijolos e rachas que relembram melhor o detalhe geométrico real - efeito usado em pedras nas ruas. No PC temos um mapeamento normal para adicionar detalhes às superfícies, com aspecto mais achatado.
O nível de profundidade nos ambientes também ficou melhor nos consoles com o uso de oclusão ambiental mais forte que adiciona aureolas em áreas onde os objetos e geometria se cruzam. O efeito está presente no PC mas muito fraco quando comparado e pouco perceptível, adicionando profundidade a cenas mais escuras do que em condições com mais luz.
As versões para PS3 e 360 ofereciam uma experiência agradável - v-sync adaptável padrão no UE3, fixando a 30fps com tearing quando o motor não aguentava o alvo. Com o aumento no poder dos novos consoles e a facilidade dos jogo UE3 em rodar em GPUs mais fracas, existe o potencial para a Definitive Edition chegar aos 60fps - oferecendo uma performance semelhante ao PC nos consoles. Parece entusiasmante, mas na verdade é tudo mais banal: ao rodar o jogo no PS4 e One é claro que 1080p60 está de fora e que o alvo são 30fps.
A boa notícia é que a performance nos dois consoles chega com frequência aos desejados 30fps e a maior parte do gameplay parece consistente em momentos repletos de ação onde uma estabilidade maior é precisa. O que surpreende é que 30fps fixos não tenham sido conseguidos em qualquer um, mas ficam bem perto. Esta edição emprega uma v-sync adaptável como na geração anterior, frames incompletos/quebrados são apresentados quando a GPU não aguenta os 30fps. Quedas mais fortes são evitadas, a consistência visual é ligeiramente quebrada e temos leves quedas nos frames no One quando ocorre muita carga.
Dos dois consoles, o PS4 oferece a experiência mais estável onde o ocasional tear passa despercebido, durante o gameplay parece que temos sólidos 30fps. O One não consegue o mesmo nível de consistência, mas raramente a performance é fortemente afetada; o tearing ocorre mais frequentemente - especialmente usando a habilidade blink para tele-transportar - no resto nada de grave. O frame sofre mais ao entrar uma nova área pela primeira vez, causando trepidações breves. Felizmente desaparece após segundos e volta rapidamente ao normal. É uma pena, pois a versão para PC é leve nas exigências - mesmo uma GTX 750 Ti aguenta 60fps - logo é estranho não termos isto nos novos consoles.
Dishonored: the Definitive Edition - o veredicto da Digital Foundry
Dishonored Definitive Edition oferece claras melhorias sobre as versões anteriores de console, dando melhor qualidade de imagem, frames mais suaves e uma experiência visual similar à do jogo no PC. É bom para os fãs que querem mais do que tinham no PS3 e 360 sem acesso a um bom PC. A adição de mapeamento de oclusão em paralaxe e uma oclusão ambiental mais forte cria uma apresentação mais refinada, enquanto a resolução 1080p assegura uma imagem mais nítida.
Qualidade de imagem ligeiramente melhor e mais perto dos 30fps coloca o PS4 à frente, apesar do jogo no Xbox One oferecer uma experiência quase idêntica na maior parte do jogo. Ambos são recomendadas para quem quer voltar a Dishonored. Ainda assim, ficamos desanimados com a falta de 60fps em máquinas que são capazes de oferecer isso.
A introdução de novos efeitos melhora o aspecto do jogo, o dobro do frame teria muito mais impacto na qualidade do gameplay e para nós, eles deveriam ter focado aí. A Definitive Edition é excelente e a inclusão dos DLCs é bem-vinda, mas com a experiência no PC ao máximo a 60fps sentimos que é a melhor opção.
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